Sim, já foram realizados alguns estudos, mas não tem havido um acompanhamento regular das populações de Larus michahellis em Portugal.
A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves realiza censos de aves em Portugal Continental, Madeira e Açores (ver https://www.spea.pt/wp-content/uploads/2020/03/relatorio_cac_2020_vf_compressed.pdf). No entanto, os censos de 2004 a 2019 não incluem a gaivota-de-patas-amarelas em Portugal continental, apesar de a incluírem nos Açores e na Madeira. Em 2021 os censos realizados pela SPEA incluíram a gaivota-de-patas-amarelas em Portugal continental. Estaremos atentos aos resultados.
Existem outros estudos sobre a gaivota-de-patas-amarelas, incluindo um estudo realizado em 2009-2011 pelo CIIMAR, a pedido da AMP.
Existem muitos outros estudos em outras zonas de Portugal e da Europa. No entanto, desconhece-se, neste momento, a dimensão real da população de gaivotas-de-patas-amarelas na AMP, a sua evolução, os comportamentos detalhados desta espécie, e a verdadeira dimensão dos problemas que causam.
Pelo impacto negativo de uma espécie semelhante em países como Reino Unido, Bélgica, etc., é obvio que a ausência de um controlo pode levar a um desequilíbrio ainda maior que implicará, no futuro, medidas mais drásticas para conseguir atingir um equilíbrio.
Parece evidente, pelas queixas crescentes, em número e gravidade, dos munícipes dos municípios em estudo, que a presença das gaivotas e os distúrbios que causam têm vindo a aumentar. Não obstante, antes de uma intervenção, é necessário quantificar os problemas, caracterizar a situação e avaliar medidas possíveis e específicas de controlo e prevenção.
A equipa de trabalho estará atenta a outros estudos que sejam publicados, com relevância para este assunto, e conta com o envolvimento dos cidadãos.